Pequenos Olhares Sobre o Meu Silêncio
"Pedras no caminho? Guardo-as todas. Um dia ainda vou construir um castelo."
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Quero Ser Inverno
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Menina de Olhos Tristes
Como o mundo te ultrapassa.
Cruel castigo o barulho do teu silêncio.
O som ensurdecedor das costas voltadas.
O teu olhar esquadrinha as conversas em teu redor, persegue os sorrisos, abandona quem te fita.
A solidão é rainha e o vazio imperador.
À tua frente, tanto e tão pouco.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
O Moinho
terça-feira, 26 de outubro de 2010
A Peça
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Sem título
O passado escondido emerge e rouba-nos o sossego tão almejado.
Tudo se altera.
Descontrolo contido.
Porque não podemos pensar com o coração e gostar com a razão?
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
O Lago
O lago, ao longe, tão calmo e pacífico, esconde-se debaixo de uma capa negra espessa e impossível de desvendar.
Não consigo descobrir-te se passas o tempo a esconder-te.
Olho o meu reflexo na janela da sala, salpicada pelas gotas da chuva, pensando em como me permito querer estar contigo apesar dessa escuridão.
Não consigo desvendar-te se a cada momento amontoas segredos.
Não consigo permanecer se insistes em desvanecer.
Nem o sol, com todo o seu vigor, consegue penetrar mais do que uns poucos metros da superfície estática daquela massa de água, tão serena e ao mesmo tempo tão revolta nas suas profundezas.
Não consigo aproximar-me se persistes em afastar-te.
Não consigo encontrar-te se insistes em te perder.
Não consigo acompanhar-te se queres caminhar só.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Tudo e Nada
Uma réstia de brilho ilumina uma lágrima que rola livremente pelo meu rosto. As palavras continuam a ecoar na minha cabeça. Conquistar. Dominar. Libertar. Prender. Ganhar. Perder.
A estrela já passou, fugaz no seu aparecimento, lesta na sua fuga. Aparecer. Desaparecer.
O seu trilho foi traçado desde o início, mas o seu fim surgiu mais rápido do que se poderia prever.
Presa na sua própria passagem. Livre na sua retirada.
Seremos todos tentados a procurá-la uma vez mais, varrendo os céus com o olhar, como quem quer voltar a acreditar que algum dia lá esteve. Olhamos, mas não vemos; se vemos, não reparamos.
Cegamente e com os sentidos entorpecidos, perdemos o rumo e só resta vaguear por todos os caminhos que entretanto surgem, procurando o que deixamos que se perdesse. Só pedi para me aprenderes.